segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Abraços

Quem na verdade sabe o que é um abraço? 
Ah, como eu queria um abraço, mas não qualquer abraço. 
Aquele abraço, forte, apertado, meio que desconjuntado, demorado, e que dele, eu saia como uma folha de papel, amassada, cheia de dobras, enrugada, e que nunca volte a ser o que fui. 
Quero ser deformada, transformada, algo irreparável, e que em cada abraço tal diagnóstico se agrave. 
Será que é realmente isso? Se for, o quero em grandes porções, e que sejam tantos, ao ponto de me afogar nesses tantos braços. Na verdade, que sejam apenas dois, acho que já basta.
Acredito que todos precisam provar desse "arrocho", um daqueles que te deixe realmente roxo, literalmente, ou roxo de amor, DE AMOR, felicidade, alegria, consolo, ou qualquer razão que te complete, que preencha qualquer vazio.
Será que é bom mesmo se sentir valioso pra alguém?
Quero mais dois braços, mais dois olhos, mais uma boca, conjuntados, dotados de um coração grande e que entenda o meu.
Bom seria um relógio, e que este não tenha ponteiros, para poder ver com você, Sr.. ainda anônimo, em uma noite estrelada, a noite estrelada mais bonita que esteja por vir.
Quero também uma capa, daquelas de invisibilidade, pra escapar dos olhares, julgamentos e quem sabe, da morte, pra poder te abraçar, quem sabe até o fim, seja o fim quando for.
Dono desse abraço, quando é que eu vou te achar?


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