sábado, 3 de maio de 2014

Ame

Ame o amor do desapego. 
O amor da liberdade. 
Não o amor de grades enferrujadas, do calabouço do ego. 
Não o amor da insegurança, da vingança cega. 
Ame o amor que confía, que acredita no impossível, que transforma. 
Não o amor que aprisiona, que destrói. 
Ame o amor sem tempo para acabar, sem hora de chegar. 
Não o amor formatado, o amor enlatado, desses que se vende a qualquer um. 
Ame o amor da plenitude, da poesia. 
Não o amor com roteiros, esse de falsa alegria. 
Ame o amor que permite o perdão, que consente o erro e o acerto. 
Não o amor perfeito. 
Não existe amor perfeito. 
Não existe perfeição. 
Ame o que se pode amar, o que se pode ser... 
Não a ilusão descabida, cheia de floreios falsos. 
Ame quem se pode viver de verdade. 
Não o que se faz por cobrança ou obrigação. 
Ame o amor sincero,entregue com virtudes e defeitos. 
Não o amor do castelo, das histórias mentirosas de amor. 
Apenas ame, se for capaz... 
Se não for... não é amor... 
é falsa paz.